Domingo, 28 de fevereiro de 2016
Ontem, sábado, 27 de fevereiro de 2016, Blog e Run foi para #foradoasfalto, foi se aventurar por outros terrenos, e que terrenos!!!!
O desafio foi em Mogi das Cruzes, cidade paulista a 50 minutos da capital. O ponto de encontro, a concentração, a largada e chegada foi no sitio Simei e o objetivo era chegar ao Pico do Urubu na K21 series Brasil.
Mais de 1.300 participantes nas trilhas desbravadas e marcadas pelo Naval Freitas, conhecido pela criação de percursos desafiadores e pesados para todos os níveis, do amador iniciante até os profissionais no cross country.
No ato da inscrição eram três as opções de percurso, 5km, 10km e os 21km que dão nome a série.
Muitos amigos estão se aventurando nas corridas de montanha que tem sido uma ótima opção para conhecer e até se apaixonar pelo esporte tão diferente da nossa corrida na rua, a curiosidade em participar foi aumentando e quando decidi que tinha chegado a hora, as inscrições já estavam esgotadas.
Na última segunda-feira foram abertas novas 100 vagas para quem estava na fila de espera e a minha estreia foi confirmada. Mas, como ouvir os amigos sempre é muito importante, a aventura não foi para o percurso maior, foi no intermediário de 10 kms.
Para chegar ao local novamente ouvir os amigos foi a melhor opção, quem já conhecia avisou que seria complicado estacionar todo mundo por lá, e então a melhor opção foi procurar um cantinho de carona com os AMIGOS. Muitas opções e na véspera tudo certo para partir com uma parte da turma da assessoria Ademir Paulino, obrigado Ana, Graziela e Josué pela carona, diversão e ótima companhia.
Antes da largada todos falavam somente uma palavra, SUBIDA, e minutos antes, nas instruções finais um aviso do Naval que os 5 kms teriam 6 kms, que os 10 kms teriam 11 kms e os 21 kms chegariam a no máximo 19 kms. Largar com essa informação ajuda e muito na hora de fazer força no meio do desconhecido, porém, essa informação não estava tão exata assim e ao chegar no km 11 pelo GPS o mundo ainda estava muito lá EMBAIXO no meio do mato, no meio da trilha fechada e bem longe da tão esperada e sonhada chegada que só se concretizou após eternos e intermináveis 13,5kms.
A prova de 6 kms chegou próximo aos 7 kms e a de 19 kms ficou nos 19 kms mesmo.
Todos os participantes, e foram muitos, com quem falei pós prova, iniciantes e veteranos nas montanhas foram unânimes para avaliar a prova como sendo essa a mais difícil e desafiante de todas que já estiveram. Aquela palavra do início, SUBIDA, se concretizou em eternas muralhas ou pelas trilhas largas ou pelas trilhas fechadas, úmidas, escorregadias e sem muitos apoios para passar.
Uma aventura, um desafio, uma prova de fogo, não, de água, lama e muito suor.
Uma experiência de vida!!!! Um contato com a natureza que pode causar amor ou ódio, lindos visuais e muitos escorregões, quedas e dores musculares pelos próximos dias.
Quando fui procurar os detalhes para fazer a minha inscrição, vi os tempos de conclusão dos 10(??) kms e achei que 01h35minutos era muito tempo para essa distância, porém os campeões da minha faixa etária tinha concluído nesse tempo no ano anterior, logo esse tempo era minha meta para os 10 kms. Até os 7 kms de prova esse tempo parecia ser muito tranquilo de ser cumprido mesmo com tantos kms de subida já percorridos, tanto que parei para hidratar, tirar fotos e segui firme e forte a procura da descida(tinha que ter uma descida, tudo que sobe, desce) que me levaria de volta ao sitio na linha de chegada.
Foi quando começou a verdadeira aventura, as trilhas fechadas e íngremes, molhadas, com lama e muita vegetação e galhos no percurso, sem apoios e para piorar eu estava com a câmera na mão. Não tinha onde amarrá-la nem nas subidas e nem na descida, o festival de escorregões, tropeços e deslizamentos com a sola do tênis mais um esqui-bunda começou, como eu estava forte no início não tinha trânsito nenhum na minha frente e começaram a chegar os que vinham atrás que prontamente eu dava passagem, tirava fotos, conversava alguma amenidade e eles partiam abrindo o caminho. Pelo menos uns vinte guerreiros me passaram e algumas destemidas heroínas(só isso define) foram na frente em busca do tal km 11 prometido.
Lá pelo km 12 do meu TomTom Cardio Runner encontrei um amigo voltando no percurso, já tinha saído do meio do mato mas não encontrava a estrada principal e perguntei se eu estava no caminho certo ou tinha me perdido e ido para o percurso de 21 km(19 kms), foi quando ele disse que já estava quase chegando. Quem estava na verdade quase chegando eram as cãimbras e a única alternativa era acelerar e mudar a passada para evitá-las. Felizmente deu certo, consegui acelerar muito nesse final de prova, passei váriso crredores que tinham me passado na trilha e segui nas ruas de pedras, areia e pedrinhas para quase morrer na subida final faltando menos de 50 metros onde foi o tempo de respirar, ligar o 4 x 4 e chegar firme e forte com quase 01 hora e 49 minutos.
Na chegada a recepção com medalha no pescoço, staffs educados retirando o chip do tênis e muita água, água de coco obrigado, maçã e banana. E muitos amigos aplaudindo, fotografando e apoiando a chegada de todos, entre eles a Erica Fujii e o coach Mário Mello “Mário´s Team” que registraram minha chegada e antes mesmo de eu chegar em casa as fotos já estavam me esperando. Obrigado amigos.
Corri com a câmera Tom Tom Bandit na mão e registrei mais de 400 imagens sensacionais do percurso, confira na FanPage facebook.com/blogerun
Uma avaliação rápida e não tão dolorida sobre a prova: NÃO É BRINCADEIRA.
Para encarar um desafio desses é preciso muito preparo e treinamento. A melhor opção é começar pelos percursos menores que são tão difíceis quanto os maiores mas o sofrimento acaba antes OU NÃO.
Assim como uma maratona, não recomendo para ninguém que não esteja com os exames de saúde e os treinos em dia. Muitos entendem que completar uma prova dessa é superação, se não estiver com a capacidade física preparada isso não é superação, isso é loucura. Não estou falando em tempo ou performance, estou falando de dores por muito tempo e até prováveis lesões.
Antes de se aventurar em uma prova desse tipo, converse com quem já fez, estude as dificuldades, faça fortalecimento, consulte seu médico e vá ser feliz. É realmente um desafio incrível, uma experiência “maluca”, mas necessita de muito juízo e força.
Agora, no meio do percurso eu vi alguns copos de água vazios “abandonados”. Isso não é legal, o organizador ou quem quer que seja não tem a obrigação de recolher o lixo largado por pessoas mal educadas e que não respeitam o espaço coletivo, seja ele na rua ou pior ainda no meio da montanha. Existem lugares preparados para se largar os copos nos postos de hidratação ou bem próximo a eles, na rua e na montanha, carregar um copinho por alguns metros ou kms não vai alterar em nada o seu resultado na prova. Seja limpo com sua cidade, com a natureza, com o próximo.
Completei a prova com seus 13,5kms em 8° lugar na categoria tiozinhos de 40 a 49 anos e 34° no geral masculino na frente da terceira colocada do feminino. Um pouco longe do troféu que é entregue até o 3° colocado de cada faixa etária, mas muito contente com a estreia nesse tipo de prova.
Algo a ser aplaudido e festejado é a premiação com troféus para os três mais rápidos nas faixas etárias no percurso intermediário e premiação com troféus para os três ais rápidos na percurso maior e ainda um par de tênis Salomon para os Campeões da cada faixa etária. No geral, todos no pódio recebem troféus e tênis Salomon.
O que tornaria fantástico e perfeito se a premiação no geral os CINCO mais rápidos fossem premiados em todas as modalidades e não somente três.
Não ganhei um troféu do Pico do Urubu e muito menos vi algum Urubu por lá, só sei que subi muito, escalei insanamente esse local lindo e desci sem nenhuma dignidade escorregando e tropeçando em busca do pórtico de chegada.
Próxima tentativa para ganhar um troféu em 2016 será dia 19 de março, um sábado, na Classic Trail Running, uma prova que distribuirá 25 troféus no masculino e 10 troféus no feminino, uma dica que vai alegrar o sábado de muitos corredores.
Ótimo relato Antonio… O ano começou com muita adrenalina na K21 São Paulo, no Pico do Urubu. A temporada 2016 está só começando com grande nível técnico e com grandes atletas. O ano promete ser bem forte e os treinos não podem parar… Vamos para o próximo desafio!!
Abaixo minha experiência sobre a prova:
http://franhaydin.life/blog-k21-series-pico-do-urubu-2016.php
abs
FranHaydin.LIFE
sonhe. lute. conquiste.
http://franhaydin.life/
Instagram: @franhaydin.life
Facebook: FranHaydin.LIFE
Boa Fabio.
Preparar é a chave para a próxima.
Abraço
Colucci
Pensarei muito e treinarei mais ainda antes de ir para a próxima. kkkkkkk
Foi legal, faltou experiência para a parte apertada.
Abraço
Colucci
Parabéns pelo texto. Representa bem o que foi a prova pra mim. Agora é preparar pra próxima.
a prova foi uma delicia pesada difícil e muito técnica, muito legal seu relato e parabéns pelo resultado, agora na próxima vais pros 21k (19k) que tem mais diversão… abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
Este comentário foi removido pelo autor.
Este comentário foi removido pelo autor.