Largada MeiaSP com TomTom Bandit |
Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016 – Meu primeiro longo do ano
Ontem foi dia da cidade de São Paulo se envergonhar com os corredores de todo o Brasil e talvez do mundo(não sei se a prova foi televisionada), só não foi pior o vexame porque mais uma vez o percurso foi alterado para que a cidade parecesse menos suja, menos abandonada e menos largada ao lixo.
A parte boa para os corredores foi que não precisaram passar por entre os ZUMBIS da cracolândia, a parte ruim foi que não puderam apreciar as belezas da Estação da Luz, a Pinacoteca, os Campos Elíseos e suas construções históricas. A cidade de São Paulo está abandonada, largada, relegada ao lixo e as calçadas invadidas por moradores de rua, bandidos e usuários de drogas. O medo impera até entre quem está em velocidade, correndo e praticando exercício, cuidando da própria saúde.
Triste constatar isso, ver a situação deprimente que a grande metrópole se transformou.
Quem passa durante a semana de carro ou de transporte publico não tem a mesma percepção que quem passa em uma manhã de domingo, correndo ou caminhando.
São Paulo precisa de ajuda, precisa de respeito e de LIMPEZA.
A 10ª edição da Meia Maratona Internacional de São Paulo teve largada na praça Charles Muller, em frente ao estádio do Pacaembú. O percurso foi alterado mais uma vez, provavelmente para evitar a passagem pela cracolândia onde nas edições passadas foram relatados sustos e muito medo pelos corredores, principalmente a turma do fundão.
A corrida como em toda prova com milhares de corredores inscritos e “não inscritos” teve a largada apertada e foi piorada com o primeiro cotovelo logo em frente ao estádio, depois desse aperto a prova foi como em todas as suas edições, uma meia maratona para os fortes, com muito sobe e desce, curvas e esse ano em virtude da cidade abandonada um número de buracos ainda maiores no meio do asfalto. Com as reclamações de anos anteriores quando a prova ia a voltava pelo minhocão, agora o minhocão passou a ser a menor parte da corrida e talvez a mais tranquila com pouca oscilação e com certeza as melhores imagens e visuais.
O momento de maior lembrança por todos os concluintes foi logo após a passagem pelo Memorial da América Latina lá pelo km 18 quando todos foram premiados com uma subida interminável rumo aos kms finais na também subida da avenida Pacaembú.
O corredor que consegue bater recordes pessoais nessa prova merece os parabéns dobrado, significa que está muito bem treinado e quando correr uma meia maratona plana com clima favorável e todas as facilidades de um percurso rápido vai voar. Correr a Meia Internacional de São Paulo é para curtir(ou chorar o abandono) a cidade e fazer força do início ao fim, encontrando muitos amigos pelo caminho em suas idas e vindas.
É uma prova obrigatória no calendário de todos. Esse ano teve as inscrições abertas com muita antecedência e preço mais que convidativo, começou com R$ 50,00 o primeiro lote e terminou a R$ 120,00 com muitos dias antes do previsto para o encerramento. A capacidade máxima foi preenchida e nas semanas que antecederam a prova a procura continuava.
Mesmo com todas essas oportunidades teve corredor reclamando do preço e com isso justificando o fato de correr sem inscrição. Para piorar, esses “sem inscrição” foram os que mais reclamaram da prova, desde o aperto na largada(ops, não devia estar aí), o percurso que não era fácil até a cor da camiseta. Para esses, a solução é simples, fique dormindo ou vá correr no parque, ou em outro horário sem tanta gente te atrapalhando.
Espero que esses não tenham pego a bonita medalha de DEZ ANOS da prova ‘por engano’.
Todos que correram com GPS(quase 100% hoje em dia) completaram o percurso e reclamaram de ter marcado em seus relógios ou aplicativos mais de 21.500 metros, chegando a 21.800 metros a distância registrada. Assim como no ano passado a prova passou pelo centro histórico de São Paulo, região apertada e rodeada por muitos prédios, local onde a precisão desses aparelhos não pode ser garantida 100%, quem já correu os 9kms da prova do Centro histórico sabe que esses 9kms nunca tem 9kms, mas o que deve ser dito e deixado bem claro é que independente da marcação o que deve ser avaliado é quem AFERIU e LIBEROU esse percurso. A prova tem o selo PRATA da CBAt, foi aferida e registrada pela Confederação Brasileira de Atletismo que acompanhou a corrida em todo o percurso, inclusive levando muitos atletas para fiscalização anti dopagem.
Se alguém quer reclamar sobre o percurso, acho que essa reclamação deve ser encaminhada para o órgão que permitiu e aprovou o percurso como sendo uma Meia Maratona com seus 21.097 metros.
Essa história de reclamar de resultado com base em GPS só vejo quando o aparelho marca a mais, quando a corrida tem menos kms que a distância prevista, todos saem postando RECORDES PESSOAIS com base no resultado sem mostrar o GPS.
Então, antes de xingar alguém por conta de uma marcação maior, questione a CBAt que aferiu e liberou o percurso.
Outra reclamação foi a falta de isotônico no km 13, realmente não tinha nenhum posto além de água em todo o percurso, comentaram que estava previsto no mapa do percurso, eu não vi previamente o mapa por já estar acostumado com a prova e sempre ter um abastecimento de isotônico na altura do km 13. Só senti falta mesmo quando comentaram comigo muito após a chegada. Se estivesse o solzão da semana com certeza eu teria sentido falta no percurso.
Mais uma vez fui para a corrida e levei um monte de gel na mochila, corri os quase 22kms(GPS) e os géis continuam até agora na mochila. Claro que na correria para ir para a largada esqueci de pegar e só lembrei quase no fim da prova quando a fome já existia.
Minha prova foi dentro do planejado, corri entre o confortável e o forçando um pouco, sem desespero e sem medo das subidas, conclui em menos de 1:45 na classificação e cheguei inteiro, com fome é verdade, mas sem dores e sem ter do que reclamar, o que quase me atrapalhou foi uma rajada de vento no percurso que me deixou com frio, mas na rua seguinte o vento sumiu e tudo voltou ao normal.
Mais uma vez corri com a TomTom Bandit, registrei ótimas imagens, belas paisagens e lugares assustadores em uma metrópole abandonada. Confira as fotos na FanPage facebook.com/blogerun
Uma coisa muito boa na corrida foram os tapetes no percurso para registrar as passagens de tempo, no km 8,5 e no km 18,5 parece que funcionaram bem, tem corredor famoso por cortar caminho em provas que não teve o tempo registrado, possivelmente por não terem passado pelos tapetes. Se isso for real é mais uma vitória para os corredores. Só acho que poderia ter uns 4 tapetes verificadores no percurso para ser 100% certa a exclusão dos malandros cortadores de caminho. Vamos conferir se foram retirados da listagem antes da publicação no site oficial.
Lá na ponta, os brasileiros fizeram bonito, com o bicampeonato de Giovani dos Santos, em segundo ficou o queniano Bernard Chumba, José Marcio Leão, Solonei Silva e Valério Fabiano completaram o pódio quase 100% brasileiro. No feminino, a queniana Silvia Kibiego foi campeã a frente das brasileiras Joziane Cardoso em segundo, Valdilene Silva, Adriana Aparecida e Andréia Hessel.
Também correu na Meia SP 2016? O que achou da prova?
Lili, infelizmente é verdade. Com muita tristeza escrevo isso. Em anos anteriores eu falava das belezas, das grandes construções, Estação da Luz, Pinacoteca, Liceu Coração de Jesus, minha infância, hoje é só degradação e abandono.
Volte para correr!!!
Bjs
Colucci
🙂 🙂
Parabéns Dani pela prova!
É isso aí, todas precisam de muita melhoria, mas algumas dá mais status reclamar. hahahahaha
Bom te ver voando como sempre!
Até esqueci de avisar da foto do post e da largada. Ficou SHOW! Bjs
Colucci
Obrigado Gabs
Volte sempre e comente sempre.
Esse é o maior estímulo para continuar e melhorar cada vez mais.
Beijos
Colucci
Kleber, o problema do GPS só a CBAt pode explicar, ou não. A prova é dura, cada ano muda o percurso e cada vez mais a cidade emporcalhada e abandonada. Na largada, a culpa é dos corredores mesmo, ninguém respeita o do lado.
Eu voltarei sempre, só assim para ver São Paulo de perto.
Abraço
Colucci
É uma pena ler por aqui que minha cidade está abandonada, feia, entendo os problemas sociais e sei que precisa de muito pra melhorar.
Um dia, quem sabe, participarei desta prova, sim, com orgulho de uma cidade que amo muito.
Valeu pelo texto bem detalhado.
E adorei a foto da postagem 🙂 🙂 🙂
Oi Colucci, parabéns pelo texto!
A meia maratona internacional de SP sempre foi alvo de reclamações, antes pelo percurso em looping, depois alteraram o percurso e reclamaram porque passava por algumas ruas do centro, e depois foi alterado novamente e agora recebe a reclamação de ter uma quilometragem maior do que a meia. Eu particularmente sempre gostei muito desta corrida. Tem pontos que precisam ser melhorados sim, mas qual evento hoje não precisa?
Foi muito bom te ver novamente Colucci e poder se divertir correndo, que é o que a gente mais gosta!
Abraços e até a próxima!
Eu não corri, mas adorei seu post! Abraço, @corregabs
Gostei da prova como um todo. Largada muito, muito apertada mesmo. Mas nem culpo a organização, a culpa é dos próprios corredores, se as baias fossem respeitadas acredito que o problema seria muito menor (ou nem existiria). Estava bem treinado, mas o percurso foi mais difícil do que eu esperava. Paisagem muito feia, triste de se ver, certamente dos piores lugares da cidade, não me deixou com muita vontade de voltar amo que vem. Quanto à distância, 21.800 no meu GPS.