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Sintomas de emergência na corrida … #timemaratonadorio

“A corrida é uma excelente atividade física. No entanto, na vontade de se alcançar o objetivo traçado, às vezes não se presta atenção ao corpo, o que é muito importante.”

Ouvir o corpo, treinar, treinar e treinar são as melhores formas de SOFRER menos em provas de longa distância.

Correr provas longas tem um preço muito caro para o corpo humano, já vimos o vídeo do maratonista Dr Drauzio Varella que explica que o animal não foi feito para correr, nem o animal racional que corre por prazer, já vimos o maratonista olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima falando que não entende como as pessoas conseguem ficar tantas horas correndo(se movimentando) para completar os 42.195 metros da Maratona.

Corridas de longa distância requerem muita dedicação nos treinos para uma conclusão boa no dia da prova e principalmente para os dias pós prova.

Confira abaixo como reconhecer sintomas em situação de emergência.

Corra sem sofrimento, superação não é SER MARATONISTA em 10 horas, superação é treinar consciente e buscar a medalha no dia da prova*.

*adaptado do instagram do LeonardoRunning

 

Como reconhecer sintomas do seu corpo numa situação de emergência?

 Diretor médico da Maratona CAIXA da Cidade do Rio de Janeiro e integrante do nosso time de especialistas, Dr. Paulo Lourega dá dicas de como escutar os sinais do corpo

 15ª edição da maior corrida do Brasil acontece no dia 18 de junho na Cidade Maravilhosa

Como especialista em medicina esportiva e diretor médico da Maratona do Rio desde 1987, o Dr. Paulo Lourega é mais do que experiente em tratar os mais variados casos de mal-estar durante as provas. E a maioria deles poderia ser evitada pelo próprio atleta, ao reconhecer os sinais que o nosso corpo dá quando algo não está bem. É hora de aprender a reconhecê-los! Leia as dicas do Dr. Lourega e cruze as próximas linhas de chegada sem sofrimento!

A corrida é uma excelente atividade física. No entanto, na vontade de se alcançar o objetivo traçado, às vezes não se presta atenção ao corpo, o que é muito importante.

Há sintomas mais críticos como: dor na região torácica, dor de cabeça relacionada com o exercício, tonteiras, desmaios, falta de ar e palpitação (sensação de ritmo cardíaco acelerado demais ou batimentos fora do ritmo); e há sintomas menos críticos, como: infecções de repetição, alergias cutâneas e respiratórias, cansaço constante, dores articulares, ósseas e/ou musculares crônicas.

Caso esses sintomas sejam detectados antes da corrida, na fase de treinamento é fundamental fazer uma avaliação médica, se possível com um especialista em Medicina Desportiva. Se sentir sintomas durante a corrida, não deixe de procurar uma das diversas ambulâncias disponibilizadas durante o percurso.

No entanto, é preciso atenção. Durante a corrida, é mais difícil ter a percepção dos sintomas. Confira esses relatos de corredores que foram atendidos por nossa equipe de saúde:

CASO 1

  1. a) “No dia da prova, verifiquei que ainda havia uma irregularidade importante da minha frequência cardíaca, mas a vontade de correr era maior que a verdade, pois sabia que algo estava errado. Após a largada, no km 2, comecei a sentir cansaço, o que era absolutamente impossível para uma pessoa com o meu nível de treinamento. O mesmo cansaço foi aumentando a cada km, mesmo diminuindo o meu ritmo. No km 6, tive a lucidez de, ao avistar uma ambulância, parar para ser avaliado. Foi diagnosticada fibrilação atrial e foi realizada uma cardioversão”

Quatro dias depois, este paciente estava bem e levando uma vida normal, embora assustado. Sua iniciativa de parar e procurar o apoio da ambulância fez toda a diferença.

CASO 2

O corredor do próximo relato mora e treina em Petrópolis. Ele teve um colapso pelo calor no percurso. Perdeu a consciência sem nenhuma percepção prévia de que isso iria acontecer:

  1. b) “Percebo que negligenciei pelo menos quatro dos “Dez Mandamentos do Maratonista” no dia da corrida:
    Terceiro Mandamento – Nutrição pobre
    Quarto Mandamento – Hidratação horrível
    Nono Mandamento – Corri num ritmo superior ao treinamento
    Décimo Mandamento – Acho que estou meio surdo, visto que não escutei nada no meu corpo!

Bem, aprendi muito com essa corrida e espero não dar mais trabalho para equipes médicas. Passei a controlar temperatura após o treino. Normalmente, termino um treino puxado com 37,2 graus Celsius. “Passei a hidratar-me bem antes, durante (não tinha costume) e depois (que já fazia normalmente)”.

A percepção da frequência cardíaca alterada e a busca de socorro na ambulância foram fundamentais para que o primeiro corredor evoluísse bem e sem sequelas. Já os corredores que sofreram colapso pelo calor perderam a consciência sem perceber. Prevenção é a palavra-chave para se evitar esses problemas.

COMO PREVENIR OS DISTÚRBIOS PELO CALOR NOS EXERCÍCIOS?

· INGESTÃO ADEQUADA DE LÍQUIDOS ANTES, DURANTE E APÓS A PROVA;
· ALIMENTAÇÃO ADEQUADA ANTES E APÓS A PROVA;
· TREINAMENTO (ATLETAS DESTREINADOS TÊM MENOR TOLERÂNCIA AO CALOR);
· ACLIMATAÇÃO;
· ROUPAS ADEQUADAS;
· ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL AOS ATLETAS.

Também é importante atender aos “Dez Mandamentos dos Maratonistas” criados pela International Marathon Medical Directors Association, assim como respeitar o Código de Bandeiras que reflete o índice de estresse térmico. Lembre-se das palavras sábias do primeiro corredor citado:

“Nós, atletas não profissionais, devemos diminuir o nível de estresse e ansiedade e evitar o uso de qualquer substância sobre a qual não se tenha total certeza de seus efeitos benéficos. E, principalmente, que aqueles com espírito mais competitivo revejam os valores e realizem todas as corridas respeitando os seus limites e os seus corpos, diminuindo o nível de exigência mesmo buscando melhores performances, e vivendo essas corridas como uma situação prazerosa e agradável, não como um momento de ansiedade e angústia.”

Sobre o Dr. Paulo Lourega

O Diretor médico da Maratona do Rio desde 1987 tem um nato perfil de liderança e conhecimento em planejar as necessidades médicas para grandes eventos esportivos. Além da especialidade em medicina esportiva, é membro da Diretoria (Board of Governors) da International Marathon Medical Directors Association (IMMDA); das Sociedades Brasileiras de Ortopedia e Traumatologia, de Medicina do Exercício e do Esporte e de Medicina Física e Reabilitação; das Câmaras Técnicas de Medicina Desportiva e de Fisiatria do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro e Presidente da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Rio de Janeiro.

Amante do judô desde a juventude, o gosto pelo esporte também se estendeu ao ciclismo, à natação e, atualmente, mantém uma rotina de exercícios aeróbicos, de alongamento e de musculação.

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Assessoria de imprensa Maratona do Rio

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Sobre Antonio Colucci

Um corredor que escreve, 'RunPorter' e Pai do Diego. Correndo desde 2004; Escrevendo desde 2007; Pai do Diego desde 2008; Maratonista desde 2009.

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