Eu não terminei a prova.
Eu não tenho a medalha.
Eu perdi o número de peito.
Só restaram as fotos e as lembranças. Maratona do Rio 2014 – A melhor.
Momentos Maratona do Rio 2014: Na largada – FIM(no túnel) – km 32(no BUMBA)
Segunda-feira, 28 de julho de 2014 – Day after
Pela primeira vez eu não conclui uma prova, não era uma prova qualquer, era provavelmente a minha mais importante do ano.
A que precisa de maior dedicação e treinos, preparação e foco. A Maratona. Uma senhora que merece RESPEITO.
E essa foi a minha melhor prova exatamente por esse motivo. Por ter respeitado a distância e parado no momento certo, sem sofrimento desnecessário. Eu respeitei a maratona e respeitei minha integridade física, sem medo, sem cobrança, sem preocupação, sem pensar em terceiros, quartos ou quintos seja lá do que for.
Me preparei exaustivamente para a prova, mais do que o necessário, com total consciência, corri o risco e paguei o preço.
Essa conta eu tinha na cabeça desde o dia 13, final a Copa do Mundo quando senti o primeiro aviso do joelho.
Quebrei meu recorde de kms em 40 dias e quebrei na prova. Mais um grande aprendizado. Um risco calculado que infelizmente se concretizou.
10 dias de descanso antes da prova não foram suficientes para recuperar das dores no joelho e isso eu só teria como saber de uma forma, CORRENDO.
Ir para o Rio é sempre muito divertido. O encontro com tantos amigos de todos os cantos do Brasil é muito bom, a Maratona a cada ano apresenta novidades e melhoras. Esse ano a feira pré-prova estava muito interessante e diferente de qualquer outra prova no Brasil que eu já tenho participado. Uma grande evolução.
As filas na retirada de kit continuam as mesmas e nos mesmos horários, não tem jeito, todos resolvem ir ao mesmo tempo.
Esse ano fui muito bem acompanhado por uma dupla de amigos paulistanos queridíssimos e recepcionado por uma dupla de amigos cariocas fantásticos o que tornou minha curta passagem pelo chuvoso Rio de Janeiro ainda mais memorável.
Obrigado Vicent, Mari, Vanessa e Hamilton.
Fui para a largada com um único objetivo, correr sem dores. Não as dores normais e que podem acontecer como cãimbras, bolhas ou outras totalmente administráveis, essas são ossos do ofício.
Larguei bem, corri muito bem, nem a chuva e as poças do caminho estavam atrapalhando, tudo estava perfeito até que no km 8 senti a primeira pontada. Comecei a administrar, mudando a passada, pensando mais no movimento e passei os 10kms com sobra, no km 13 parei para uma averiguada e voltei no mesmo ritmo, administrando o tempo e nem pensando no joelho, curtindo a passagem dos kms até o km 21 que passei com 5 minutos de sobra pensando no tempo final pretendido. No km 22 parei com desconforto no joelho aumentando e o ritmo despencando na subida do túnel do Joá. Foi onde minha prova acabou, não dava para manter o ritmo, não dava para achar um ritmo confortável e cada e qualquer pisada a dor aumentava. Chegou a hora de parar.
Como essa alternativa era totalmente possível de acontecer, corri com o telefone na cintura, junto com os géis que acabei nem usando(usei um no km 11), o documento e o $$ previamente separado para uma eventualidade, tudo dentro do FlipBelt que não incomodou em momento algum e só lembrei que estava usando o nada chamativo verde-limão quando tirei a camisa molhada no túnel(espero que ninguém tenha fotos).
O telefone foi útil para registrar algumas fotos e postar o FIM. Ainda caminhei mais 4kms até achar uma alternativa legal para voltar até a chegada e encontrar meus pertences no guarda-volumes.
Peguei um ônibus, no Rio não tem restrição de ficar sem camisa no ônibus, e essa foi a melhor opção para não ter que colocar a camiseta molhada, já bastava o shorts e o tênis totalmente encharcados. O ônibus estava vazio e passou quase que o percurso todo da prova com trânsito. Acompanhei alguns corredores visualmente por muitos kms, e nem tive a ideia de passar pelo fúnil de chegada para encontrar os amigos, fiquei mais preocupado em achar o guarda-volumes e só então percebi que tinha perdido meu número de peito. Sorte que o CHIP com o meu número de identificação estava guardado no bolso. Retirei minha mala, peguei uma roupa seca e quentinha e quando eu pensei em passear pelas assessorias e tendas, começou o dilúvio. Sem chance! Não vi mais nada e ninguém, essa foi a parte ruim da maratona, A CHUVA!
Assim terminou minha melhor prova.
Obrigado a todos e TANTOS amigos que mandaram mensagens preocupados com a minha desistência.
Muito legal receber tanto carinho de tantas pessoas de todos os lugares. SENSACIONAL!!!
Agora é hora de tratar o joelho, aprender com os erros e procurar o próximo desafio. A próxima Maratona!
E A PROMOÇÃO #ColucciInRio2014???? Não tinha a opção ABANDONO???
Não tinha e sendo assim, todos os participantes estarão participando do SORTEIO no próximo sábado.
BOA SORTE a todos que participaram de mais uma brincadeira que foi um sucesso.
Fotos do Fim de semana Maratona do Rio em facebook.com/CorridasColucci13
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*postado originalmente no finado Blog Colucci e as corridas em 28/07/2014
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