Live SempreCorrendo – Cláudio Ribeiro

A Live SempreCorrendo (@anton10colucci e @tiaophotos) do domingo, 06 de setembro de 2020 foi com o Cláudio Ribeiro, ou Claudinho para quem acompanhou as corridas de rua e pista nas décadas de 1970, 1980 e 1990.

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Cláudio Ribeiro, de Londrina/PR iniciou brincando na escola por conta do professor ser apaixonado por corridas, tentou ser velocista e descobriu que era um ótimo fundista. Logo na primeira prova de 1.500 metros venceu.

Com apoio do professor se mudou para Universidade Estadual de Londrina para treinar com Paulo Roberto de Oliveira.

Live SempreCorrendo – Cláudio Ribeiro

Com 16 anos venceu o Brasileiro de 3.000 metros onde estabeleceu o recorde sulamericano até 16 anos com 8’42’3.

Foi para o Mundial na França(onde brasileiro não se dá muito bem) e a partir daí a história de vitórias não parou de crescer.

Continuou representando e vencendo nas seleções brasileiras de juvenil e adulto.

Com 18 anos estabeleceu mais um recorde, de correr os 5.000 metros em 14’19”, marca fortíssima para qualquer idade, mesmo hoje em dia com tantas tecnologias a favor dos atletas.

Nas provas de rua venceu provas em todos os cantos do Brasil, incluindo a primeira edição da mais rápida 10k do país, a Tribuna de Santos, e nessa primeira edição o motoqueiro que puxava os líderes errou o caminho e ele venceu a prova mesmo correndo 400 metros a mais. Se houvesse GPS nessa época, a choradeira seria geral.

As histórias são muitas, a prosa foi incrível.

Várias disputas com outros ícones do atletismo da época, José João da Silva, João da Mata, Diamantino dos Santos, Edson Bergara, Adauto Domingues, Elenilson, Coquinho, Ronaldo da Costa e também o carioca José Baltar(in memorian 2020 COVID-19).

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Descobrimos um dos segredos dos grandes corredores dessa geração, a macarronada da Dona Lucia.

Depois que parou de competir, formou-se e tornou-se treinador onde conduziu atletas a muitas vitórias e pódios, inclusive o 1° Lugar da São Silvestre com Maria Zeferina Baldaia em 2001, e um 3° lugar com Anoé dos Santos Dias, melhor brasileiro na prova em 2007.

Além das aventuras como corredor de elite e treinador, tem também muitas histórias e participações em corridas como cinegrafista, registrou muitas provas com direito a cenas e até acidentes como cair da garupa da moto na lama no meio da prova, mas salvar o equipamento.

Por falar em acidente, nas vésperas da Corrida de São Silvestre de 1984 após um treino incrível de 3 x 5.000 metros(14’19”; 14’25” e 14’17”), saindo de moto do ginásio atropelou um caminhão que passou irresponsavelmente no sinal vermelho e foi parar uma semana na UTI e ficou durante um mês no Hospital Albert Einstein para se recuperar da pancada onde sofreu traumatismo craniano.

Felizmente, não ficaram sequelas e incrivelmente após 4 meses voltou a competir vencendo grandes nomes em uma prova em Arujá/SP e 2 meses depois chegou empatado no troféu Brasil em uma disputa inacreditável com Diamantino dos Santos. A vitória foi dada a Diamantino por 1 centésimo, já que na época não existia meios eletrônicos para conferir. Após 18 anos apareceu uma foto para contestar essa bela chegada.

Uma honra poder conhecer essas histórias do atletismo brasileiro contada por quem a escreveu.

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Muito bom poder aprender um pouquinho, apresentar aos mais novos esses ícones da corrida e ter esse registro gravado para enriquecer ainda mais a história que infelizmente não teve tantos registros “in loco”.

Obrigado Tião e Claudinho por essa tarde tão agradável.

Obrigado Dona Lucia e Claudinha pelo apoio e convite para a macarronada. Deixa passar a Pandemia que combinaremos.

No próximo domingo a Live SempreCorrendo será com outro ícone da história das corridas.

A prosa será com Adauto Domingues, um dos maiores corredores do Brasil. NÃO PERCA!!!

Volta ao Cristo em Poços de Caldas – Jan/2020 – arquivo Colucci

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