O post anterior, “SP City Marathon 2017 – padrão internacional #SQN“causou uma enorme repercussão comprovando uma teoria que defendo há tempos.
A maioria das pessoas não sabe interpretar um texto.
Os haters da corrida(sim, eles existem) apareceram para me crucificar, me ofender e defender a organização da corrida. Outros contaram sua experiência na corrida exaltando a prova e a própria performance, quase todos que se manifestaram clamaram pela superação própria, teve quem agradeceu pela EXPO ser perto de sua residência, uma que questionou por que eu não apresentava as soluções para os problemas, muitas comparações com horário de maratonas internacionais e diversos querendo comparar com a outra maratona de São Paulo, a que leva o nome de internacional, mas de acordo com as reclamações e ofensas não é nem padrão regional.
Muitos insistiram em questionar a minha performance, ou o fato de EU NÃO gostar de frio para correr. Não gosto mesmo e isso só interfere no meu rendimento como exposto no texto.
Resumindo, TODOS defenderam a própria performance, todos exaltaram o próprio umbigo, todos se apoiaram no fato de ter conquistado uma ou mais uma medalha em uma prova “padrão internacional“.
A própria corrida ostentação. A cara do Brasil.
Em momento algum no post anterior eu disse que a prova teve algum problema, que faltou alguma coisa ou que era pior ou melhor que outras corridas. Porém, pelo entendimento de um grande número de leitores essas comparações apareceram.
Nem em pensamento foi feito qualquer tipo de comparação.
Voltemos ao tal PADRÃO INTERNACIONAL exposto:
- Essa é uma das ou a mais cara corrida de rua do Brasil(pelo menos para os idosos, já que ninguém pagou o preço cheio de R$ 240,00);
- O Kit com sacolinha, camiseta, boné, toalha e medalha tem em várias provas mais baratas e com medalhas mais caprichadas;
- Os horários e locais não são de fácil acessibilidade, e a cidade não tem transporte público para receber esse tal padrão;
- O atendimento na EXPO com diferentes formas de tratar o mesmo assunto e não resolvê-los;
Sobre os idosos, poucas pessoas comentaram, dois que foram prejudicados pela falta de fiscalização e um NOBRE corredor que afirmou que quando ele ficar idoso vai ter dinheiro para pagar inteira, que não concorda com a lei. Esse realmente merece ser atendido na fila do SUS.
Sobre o Kit, qualquer prova ou circuito de 5 ou 10 kms tem medalhas mais “internacionalizadas” que as entregues no domingo.
A cidade não tem estrutura de transporte público, não só para os abonados corredores, mas principalmente para os staffs que fazem a prova acontecer.
De acordo com os “Corredores Padrão Internacional”, corredor que depende de transporte público não deve se inscrever nessa corrida, só quem tem carro ou condições de chegar de táxi, uber ou sei lá o que na largada. Quem não tem como se locomover está de MIMIMI segundo os haters ostentação da corrida.
O atendimento na EXPO, só quem foi mal atendido pode falar, mas não vai querer se expor em redes sociais. Já basta o vexame do dia.
Viva o Brasil!
COMPARAÇÕES
Alguns defensores do Padrão Internacional citaram comparações entre as maratonas paulistanas, só esqueceram de comparar os itens básicos acima(preço, respeito aos idosos, medalhas), coisas que a primeira edição da SP City em 2016 tinha ido tão bem, e a antecessora Golden Four começou muito bem lá em 2011 e foi piorando a cada ano.
Padrão internacional para brasileiro é AUMENTAR o preço e DIMINUIR a qualidade, aí sim, todos ficam contente e felizes criticando os que aumentam a qualidade e diminuem o preço.
É realmente triste analisar friamente FATOS REAIS e ainda ser questionado por isso.
Se querem comparar, comparem a quantidade de concluintes nas maratonas brasileiras em 2017, na Maratona SP 2017 foram 4646, na Maratona do Rio foram 6731, em Porto Alegre foram 3036 e agora na SPCity foram 3790.
A tão criticada Maratona SP foi uma corrida corrida com um kit muito elogiado, medalha linda até a fita, preço promocional e lotes com aumentos programados e todos com respeito ao estatuto do idoso, sem invenções matemáticas. Corrida com transporte público de fácil acesso.
A Maratona do Rio com seu calor de 40°C teve 6731 concluintes, um kit honesto com uma linda medalha até a fita, premiação com troféus e dinheiro para faixa etária após apuração dos malandros e respeito ao estatuto do idoso, sem invenções matemáticas, transporte para as largadas e preço honesto.
A Maratona de Porto Alegre com seu frio exclusivo de zero graus teve 3036 concluintes, kit bom, medalha enorme e muito elogiada até a fita, premiação com troféus para categoria e respeito ao estatuto do idoso, sem invenções matemáticas.
A tão comentada e esperada Padrão Internacional SP City teve 3790 concluintes, o maior preço de inscrição, um kit básico, uma medalha básica com uma fita finisher básica, invenção matemática para justificar o Estatuto do Idoso e controle duvidoso dos Top 100, TOP 30, premiação com troféu para o 1° das categorias que foram entregues depois do pódio geral, mas muitos nem sabiam ou não ouviram algum chamado ou listagem.
Será que precisaremos comparar as Meias Maratonas também para ver se o Padrão Internacional conseguiu algum destaque positivo estatisticamente? Só no quesito preço, medalha, kit pré e pós prova, todas que participei ultimamente não deixaram nada a desejar com preço inferior e respeito ao estatuto do idoso.
O que parece ser MUITO DIFÍCIL para muitos entenderem é que para ser Padrão Internacional qualquer corrida de 10 kms pode ser, basta saber com qual país será feita a comparação.
O mais IMPORTANTE é que NINGUÉM VAI ENVELHECER, que se danem os idosos!!!
Problema deles se vão pagar mais caro. Sou SUB-60 e isso não me afeta!! Esse é o pensamento EGOÍSTA do corredor brasileiro padrão internacional. É assim com todas as questões que não afetam diretamente o corredor ostentação, ou como diriam por aí, o CORREDOR NUTELA.
Lembra da história da EXPO?
De não poder corrigir o pelotão de largada, de não arrumarem um erro de sistema, ou de quem quer que seja, de tratar o atleta consumidor com arrogância, prepotência, descaso, truculência e falta de educação?
O atleta em questão que nem queria ir mais para a prova depois do acontecimento, teve que pular a grade, entrar no pelotão correto com o número incorreto, largar preocupado e mesmo assim chegou entre os primeiros colocados da prova.
Agora vai começar a novela para receber o troféu da categoria que tem direito.
Imagina esse mesmo atleta tendo que largar 10 minutos depois e ultrapassar 5.000 ou mais corredores que não necessariamente estavam no local que deveriam.
Padrão internacional em não corrigir um erro detectado com antecedência e ainda tentar resolver com ameaças e truculência.
Para quem não me conhece:
Uma breve apresentação, assim não precisa perder tempo me ofendendo sem nem me conhecer, ofenda sabendo um pouquinho:
Quando do lançamento da Golden Four Asics em 2011, muitos palpites (para não dizer ideias porque essas deveriam ser pagas) foram dados por esse corredor que escreve e também corre como cosplay de touca da homem aranha padrão internacional, medalhas diferenciadas, TOP qualquer coisa para as mulheres, uma segunda maratona na cidade de São Paulo, melhorias na Maratona de São Paulo, alterações em várias outras provas e muitos detalhes que só podem ser vistos por quem participa de dentro das corridas e não na frente do computador ofendendo gratuitamente as pessoas sem nem ao menos conhecê-las.
Por falar em Golden Four, quantas alterações PARA PIOR aconteceram nos últimos anos hein? Ainda bem que corredor brasileiro não tem memória.
Há tempos defendo uma Maratona na cidade de São Paulo que seja ABRAÇADA pela cidade, que seja referência para todos os corredores do Brasil e cobiçada pelos corredores de outros paises, que seja digna de ostentar o nome do coração financeiro do país, mas enquanto os corredores/consumidores continuarem se contentando com rótulos e aplaudindo qualquer coisa que for entregue, não teremos reais melhorias.
Enquanto os corredores ficarem correndo com número de idoso, os idosos não serão respeitados.
Os problemas ocorridos na edição passada e as sugestões de melhorias para essa 2ª edição foram apresentadas logo após o término da prova ao organizador e postadas publicamente no BLOG, felizmente as mudanças foram realizadas e esse ano não aconteceram os erros anteriores, mas a piora(em relação ao preço sugerido) na qualidade do kit e das medalhas foi absorvida por todos como sinal de superação. Para muitos, faltou só a banana no final para a prova receber NOTA 10, para mim, faltou só o principal, O RESPEITO.
Se você leu até aqui e quer deixar uma opinião, deixe aqui na própria página do post, tem muitas respostas no facebook que não consigo ver ou localizar.
Aproveita e RESPONDE as perguntinhas básicas do post anterior.
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Eu q comentei que não concordo com pagar meia.
O que tem isso a ver com ser atendido na fila do sus? Não entendi. Aliás acho q sus deveria era acabar já que funciona porcamente.
Quanto a comentar performance e experiência de cada um achei q esse era o propósito. Minha experiência foi boa, a sua não. Talvez porque esteja mais preocupado com outras coisas do que em correr. Eu realmente não liguei pra mau cheiro ou túneis. Me fiquei mais no meu desempenho mesmo.
Te acompanho há um bom tempo e tenho visto seu empenho em analisar as provas num contexto geral de sua dinâmica e expondo os pontos negativos e também os positivos quando existem, e sei que você é é o cara que nos representa onde muitas vezes não podemos ou não conseguimos chegar . Portanto agradeço pelo seu trabalho e sendo assim quem sabe ano que vem se eu tiver “condições financeiras ” ou “mereça ” participar deste evento não tenha aborrecimentos ou fique decepcionado com kits, medalhas e tantos outros pontos aqui observados por ti ! Ou talvez só possa participar se conseguir comprar um carro ou me mudar para próximo da largada , já quem moro no extremo sul da cidade e não sou favorecido pela distância !
Enfim, não podemos nos confirmar com inscrições de valores tão absurdos é que na maioria das vezes não justifica o serviço oferecido !
Forte abraço !
Para mim, o que faltou na prova foram frutas na chegada! Uma maratona sem frutas ou algo consistente para comer no término da prova é inaceitável.